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Cafira em: “Mulheres Cuidando Umas das Outras” – Cozinha Aberta, Ep. 4

Na estréia da segunda etapa da série "Cozinha Aberta" (voltada ao universo feminino na gastronomia), entrevistamos Cafira Foz, chef e sócia do restaurante Fitó.

Por Infame |  03 de fevereiro de 2018

Hoje o Infame dá sequência à série de minidocumentários Cozinha Aberta, lançada em novembro com histórias que transcendem o universo gastronômico, revelando o lado humano tantas vezes escondido no ambiente da cozinha.

Idealizada pela Casa Volver, em parceria com o Infame e o Conexão Cultural, esta série não é sobre chefs e restaurantes renomados, ou receitas e tendências culinárias. Fomos além disso. Como uma espécie de microcosmo do mundo em que vivemos, o objetivo aqui é entender e refletir um pouco sobre a nossa relação com as pessoas ao nosso redor. Seguimos falando sobre comportamentos, preconceitos, sentimentos, transformações, processos, cultura, hábitos, lembranças e complexidades que dizem muito sobre nós, seres humanos.

Nos primeiros 3 episódios (que você pode conferir aquiaqui e aqui) contamos histórias de imigrantes que tiveram suas vidas transformadas pela gastronomia. Agora é a vez das mulheres: 3 chefs que encontraram no ofício da gastronomia uma forma de expressarem sua essência e o seu feminino.

A primeira história que trazemos nesse minidoc é a da Cafira. Nascida em Fortaleza, mas com alma piauiense, é chef do Fitó, restaurante recém inaugurado no bairro de Pinheiros, em São Paulo. 

Na conversa com a chef, ela nos contou como a gastronomia foi tomando conta da sua vida e expressando a sua essência aos poucos, passando por sentimentos como a repulsa, paixão e amor. Com pratos contemporâneos e inspirados nas refeições da sua infância no Nordeste, a construção do cardápio se deu através do que ela chama de feminino e divino, trazendo referências do sertanejo piauiense, com pratos típicos como o Baião de dois, a Paçoca e a Maria Isabel, todos comidas de resistência.

O que chama mais a atenção nessa história é como o feminino de Cafira está presente em tudo o que ela faz. Criada pela avó e pela mãe (figuras femininas marcantes em sua vida), Cafira afirma que desde a infância já praticava o feminismo sem perceber que se tratava de feminismo. 

Hoje, no Fitó, esse feminino é bem presente: desde a escolha dos ingredientes, a definição do cardápio, a equipe quase que 100% feminina, até o clima familiar e de cuidado que ela promove “eu sinto que a gente não tá praticando o feminismo não, mas que a gente tá só fazendo o que as mulheres faziam antigamente, que é uma cuidando da outra.”, conta.

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