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“Ela Já Sabe que Ela é Preta”: Educando as Mulheres Negras de Amanhã

Neste minidoc, entrevistamos duas grandes referências em representatividade negra no Brasil: a Youtuber Xan Ravelli (do Canal Soul Vaidosa) e a empreendedora Adriana Barbosa (fundadora da Feira Preta). Elas falam sobre os desafios de educar suas filhas Jade e Clara, duas meninas negras que farão parte da futura geração de mulheres negras.

Por Infame |  30 de agosto de 2018

Neste minidoc, entrevistamos duas grandes referências em representatividade negra no Brasil: a Youtuber Xan Ravelli (do Canal Soul Vaidosa) e a empreendedora Adriana Barbosa (empreendedora fundadora da Feira Preta). Elas falam sobre os desafios de educar suas filhas Jade e Clara, duas meninas que farão parte da futura geração de mulheres negras.

Passamos por temas como infância, educação, ancestralidade, preconceito racial, referências e representatividade na mídia, objetificação, expectativas e medos tão inerentes à sociedade racista em que que vivemos, na qual a mulher negra permanece na base pirâmide social.

Ao mesmo tempo em que sonham com um futuro mais tolerante e com menos barreiras para as filhas – que nasceram em um contexto bem mais evoluído em relação às conquistas de equidade de gênero e racial -, elas sabem que a trajetória até lá não será nada fácil.

Questionamentos e inseguranças são inevitáveis nesse processo: Qual seria a melhor forma de educá-las? Como criar ambientes saudáveis e acolhedores para que elas se sintam à vontade para expressar suas identidades? Quais referências apresentar para que elas se reconheçam e se sintam representadas? Como ensiná-las a se proteger de tudo o que virá? De quais conquistas elas já usufruem e o que ainda precisa mudar? Como fortalecer a auto-estima dessas meninas, mesmo quando o mundo lá fora diz o tempo todo que há algo de errado com elas?

As respostas para todas essas perguntas elas não têm, mas sabem que há uma grande mudança  acontecendo na vida dessas duas futuras-mulheres-negras: elas já nascem sabendo que são pretas. Fica claro, nesses dois relatos, que ser mãe pode ser muito mais do que um vínculo inexplicável de afeto e amor. Ser mãe de uma menina negra pode ser um ato político e de transformação na sociedade. Já diria Angela Davis” “quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela” e isso pode começar na maternidade.

 

 

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