Conversamos com o fotógrafo radicado em Londres Joshua Paul Akers sobre a série “Retratos Internacionais”.
Suas fotos foram tiradas em viagens a vários continentes e, nesta série, trazem retratos de pessoas do Peru, Colômbia, Tailândia, Vietnã e Índia.
O trabalho nos provoca a refletir sobre a vida dessas pessoas. “A história de vida delas sempre fica a para nossa imaginação. Eu acho fascinante como o ambiente e as condições de vida afetam a aparência das pessoas”.
Sua relação com a fotografia começou cedo, aos 12 anos quando recebeu uma bolsa de estudos de artes. Seu portfólio então consistia em pinturas em acrílico, mas foi seu álbum de fotos, tiradas com um antiga câmera SRL de seus pais durante seus passeios pelo interior do Reino Unido, que foi destaque entre diversos participantes.
“Eram fotos de portões antigos enferrujados a pássaros mortos ou qualquer coisa que achava interessante. Essas fotos eram compiladas em scrapbooks e sempre que precisava de inspiração para meus desenhos e pinturas os folheava.”
Quando tinha vinte e poucos anos e, enquanto trabalha como designer gráfico, teve sua primeira experiência como fotógrafo profissional quando um amigo o convidou para fotografar 13 festivais de dança, durante o verão europeu.
“Eu acabei com um bom portfólio e comecei a fotografar para a Defected Records, meu selo de música preferido. Foi só então que passei a me considerar a fotografia como profissão”.
O fotógrafo também nos contou que uma das coisas que gosta nos retratos de rua é que nunca sabe quem e o que irá encontrar: “Essa busca é quase um vício”. Algumas das fotos de que têm mais orgulho foram tiradas quando menos esperava encontrar algo interessante e que tem uma viagem programada para o Brasil, Equador e Colômbia no início do próximo ano.
Quando perguntamos sobre a relação de seu trabalho com o propósito do Infame, Akers nos responde:
“É tão entediante as fotos “photoshopadas” de modelos e celebridades que vejo pelas redes sociais. A maioria das pessoas que eu fotografei nunca tinham tido sua foto tiradas antes, e por isso, espero que as fotos sejam únicas para o expectador. Há tanta beleza no dia a dia e em qualquer pessoa, não importa a idade”.
“Eu sempre revejo minhas fotos e reparo em coisas que nunca tinha visto antes. Por exemplo, eu estava editando um retrato de uma senhora peruana e, reparei que ela tinha lágrimas em seus olhos. Eu tinha perdido esse detalhe enquanto conversávamos e a fotografava.”
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