Nascido em Belém do Pará, o fotógrafo de 30 anos Diego Coelho, mais conhecido como Mek, hoje vive em Santo André. Ingressou na fotografia em 2009 e assim como muitos iniciantes, fotografava de tudo. A partir de 2014, porém, passou a direcionar seu olhar para a fotografia de rua, que hoje encara como uma representação de seu modo de vida e personalidade.
A relação de Mek com a fotografia nasceu bem antes disso, quando ainda era adolescente e leu, pela primeira vez, um almanaque de heróis cuja história era contada através da visão de um fotógrafo – ele falava das maravilhas do mundo por meio daquilo que fotografava.“Fiquei deslumbrado com a possibilidade de contar histórias através de fotografias”, conta ele.
Não demorou muito tempo para que começasse a estudar a fundo a teoria e adquirir referências pessoais e intelectuais sobre fotografia. Mek estudou muito, passou pelos principais grandes mestres da fotografia, mas foram dois deles que conquistaram o jovem fotógrafo e suas referências até hoje: Boogie – fotógrafo servio, especializado em fotografia de rua e retratos de pessoas à margem da sociedade – e Matt Black – fotógrafo americano, explora temas como pobreza, migração e meio ambiente.
Uma das maiores inspirações que guiam o seu trabalho é a vida na cidade, as histórias por trás das fotografias e as dinâmicas que brotam do espaço urbano que, em sua visão, têm grande valor cultural. O poder transformador da fotografia também é algo que o cativa muito – “Procuro transmitir, através das lentes, os jogos visuais e como eles transformam a realidade.”
Mek gosta de trabalhar com retratos, misturando-os com cenas de rua e ambientes totalmente pessoais por onde passa. Em suas fotografias, ele busca a beleza não necessariamente no próprio sujeito, mas no espaço que o rodeia.
Neste ensaio, por exemplo, ele busca documentar e ressignificar sua própria cidade. As imagens propõe ao espectador uma janela aberta para Santo André, seus espaços urbanos e principalmente a organização da presença e ocupação humana dentro dele. Um lugar que trás diferentes cenários e histórias esperando para acontecer e que estão em constante movimento, assim como o andamento do ensaio que ele realizou.
Mek também enxerga uma semelhança com o que fazemos aqui no Infame: revelar e discutir o que está ao nosso redor, mas nem sempre percebemos. “Assim como vocês, procuro muitas vezes olhar por outro ângulo, o que nem todos fazem. Há diversas mensagens e histórias que a rua propõe e nem todos enxergam.”
Se quiser saber mais, acesse:
Facebook: Diego Coelho (mek)
Instagram: @mekfotos
Site: cargocollective.com/mekfotos
Contato: mek.diego@gmail.com